Publicado no Jornal Diário Catarinense
em 08-03-13 (dia da
mulher) Caderno Continente Interbairros –Página inteira
|
Em 2010, a polícia deu início a um trabalho
de repressão aos marginais no Morro do Alemão no Rio de Janeiro. O ano passado
vimos a intensificação do ataque as bases polícias. A violência sempre fez
parte dos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Há pelo menos 20
anos quando falávamos em violência pensávamos nestas cidades. Afinal os grandes
centros pareciam ser o verdadeiro estopim da criminalidade.
Hoje vemos que as coisas não são mais assim, a violência está por toda parte. A
onda de ataques a Santa Catarina mostrou que não estamos tão protegidos como
imaginávamos. Santa Catarina passou por dias de medo e até de violência. O
prejuízo material não foi o maior dos problemas que o estado enfrentou. Além
dele, outros prejuízos como a paz, o direito de ir e vir, a tranquilidade foram
afetados.
Se
ainda não bastasse os ônibus e carros particulares que foram queimados; o homem
de bem perdeu seu direito a liberdade. Enquanto isso os criminosos estavam
impondo suas condições. O governo perdeu o controle da situação. E é para que
possamos pensar um pouco a respeito que aproveitamos este espaço para lançarmos
algumas ideias a respeito do tema.
A
criminalidade não pode agir como agiu para então o governo tomar uma
providência; elas devem ser tomadas quando os primeiros sintomas aparecem. É
assim que fazemos quando uma enfermidade nos bate a porta. Tentamos tratar do
início, não esperamos que ela se agrave. E por que no governo, no controle da
criminalidade teria que ser diferente? Por que tanta demora para que as
primeiras providências sejam efetivamente tomadas?
O
que parece é que não há interesse do governo para resolver a questão da segurança.
O que nos deixa crer que cruzou os braços e quer que a criminalidade continue.
Quem estará em nome do povo dizendo que faz algo, mas que na verdade trata o
mal com descaso, despreparo, desatenção e superficialidade? Qual o verdadeiro
interesse nisto tudo? O governo do estado não agiu com rapidez e prontidão,
deixou que os acontecimentos tomassem forma. Para quê afinal foram eleitos?
O
problema agora apresenta uma nova realidade. Não podemos mais viver no passado.
As leis antigas que já não condizem com a nossa realidade, precisam ser mudadas
com urgência. A lei que protege o menor não pode mais fazer parte da realidade deste
século. Os tempos são outros e as leis também precisam acompanhar este
desenvolvimento. Não podemos viver num passado onde os menores tinham atitudes
completamente diferenciadas, eram outros tempos. Precisamos urgentemente
aceitar que as coisas mudaram e a legislação precisa acompanhar esta mudança.
Afinal apreender o menor e soltar amanhã não é solução. Se ele cometeu uma ação
má, um crime precisa reparar o erro a sociedade.
O Centro Educacional São Lucas, fechado há dois anos acabou sendo um grande
intensificador do crescimento da marginalidade. E não foi difícil de perceber
que o fato é uma realidade. Bastou que o local fosse fechado para que
pudéssemos verificar o crescimento dos assaltos, mortes, além dos Ataques a
Santa Catarina.
Precisamos dar um basta a tudo isso. O Brasil necessita da mudança de leis, da
diminuição da maioridade penal para 13 anos. Com 13 anos, o jovem já tem plena
distinção do que faz. A lei foi feita para que o menor fosse protegido, mas não
podemos proteger quem assalta, quem mata em detrimento das pessoas de bem. Não
podemos deixar jovens que cometem crimes a solta enquanto os cidadãos de bem se
trancam em suas casas.
Um novo centro educacional deve ser construído com a mais breve urgência. Antes
necessitamos do apoio dos legisladores e governantes. O povo pede, o povo
clama, o povo quer respeito.
Ismênia Nunes – Estudante de Jornalismo
Publicado no Jornal Diário Catarinense
em 08-03-13 (dia da
mulher) Caderno Continente Interbairros –Página inteira
Nenhum comentário:
Postar um comentário