sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Estudantes sabatinam candidatos em São José

Divulgação



Cerca de 300 pessoas acompanharam debate
promovido pela Estácio nesta quinta-feira


Juliano Nunes
All Press Comunicação



Alunos da Estácio tiveram na noite desta quinta-feira (13) a oportunidade de fazer perguntas e conhecer melhor os candidatos à prefeitura de São José, em debate que lotou o auditório da instituição. Cerca de 300 pessoas acompanharam o evento, que contou com a participação dos quatro candidatos – Adeliana Dal Pont (PSD), Djalma Berger (PMDB), Fernando Elias (PTB) e Rafael Melo (PSOL).

Com mediação do jornalista e professor da Estácio Guillermo Culleton, o primeiro dos quatro blocos foi dedicado a perguntas formuladas exclusivamente por estudantes. As perguntas se concentraram em questões do cotidiano da cidade, abordando problemas vivenciados no dia a dia dos próprios alunos nas áreas de mobilidade urbana, segurança, saúde, educação e desenvolvimento econômico e social.

“Em nossos estágios nas unidades de saúde nos deparamos com profissionais sem formação técnica. Como melhorar esse quadro?”, questionou uma aluna de Enfermagem. “Temos pessoas capacitadas”, respondeu Djalma, atual prefeito, que reclamou do Governo do Estado: “O Hospital Regional (da rede estadual) não atende nossa demanda”. Quando em outro momento Adeliana afirmou que “hoje se demora três meses para fazer um exame de sangue”, o candidato do PMDB voltou a culpar o Governo, dizendo que “quando o Estado aumentar as cotas do exame para o município, a história será diferente”.

Fernando Elias, antecessor de Djalma na prefeitura, apontou que para São José ainda “falta a maternidade municipal, o hospital municipal e o hospital infantil municipal”. Rafael Melo atribuiu os problemas na saúde a “indicações políticas” e prometeu diminuir os cargos comissionados, realizar concursos públicos e eliminar as filas nas unidades de saúde.


COMPARANDO OS MUNICÍPIOS

Quando o assunto foi a economia do município, Djalma lembrou que São José liderou (em junho) a geração de empregos no Estado em números absolutos. Adeliana retrucou dizendo que, na economia, “São José perdeu muito para municípios vizinhos, como Palhoça”.

O atual prefeito de São José voltou a cobrar o Estado na área de educação, com afirmações como “compare uma escola do Estado e uma escola do Município” e “o Governo entrou na Justiça para não pagar o piso dos professores”, e na segurança, ao alegar que “em São José temos que custear as câmeras de segurança”. Foi quando Rafael Melo disse que “temos (no governo estadual) dois anos de PSD e oito anos de PMDB; esse grupo político é um só”.

Ao ser questionado por Rafael Melo sobre como implantará o Plano Diretor do Município, Fernando Elias disse que esse assunto “dependerá da Câmara, daqueles vereadores que serão eleitos agora”. E apontou a necessidade de planejamento para a região metropolitana: “Transporte coletivo não dá para resolver sem pensar em região metropolitana. Com a coleta de lixo e a mobilidade urbana é a mesma coisa”.

Estudantes aprovam iniciativa

“Foi muito legal a Estácio promover o debate. Pude decidir em quem votar."
"Ver um debate ao vivo é bem diferente da televisão”.


O reitor da Estácio, Rafael Villari, lembrou o valor do debate. “Há não muito tempo, não tínhamos no Brasil esta oportunidade de debater democraticamente os problemas da sociedade. Hoje, podemos escolher nossos representantes, por isso trouxemos os candidatos para fazer valer esse direito. Para nós da Estácio é uma celebração”.