quinta-feira, 20 de junho de 2013

Outono Brasileiro




 
Divulgação


Outono Brasileiro são as manifestações do povo no Brasil e que ocorreram a partir de junho de 2013. Mas antes de falarmos destas manifestações, faremos uma breve retrospectiva das que marcaram o país.


 Por: Ismênia Nunes




Fazendo uma retrospectiva as manifestações anteriores não podemos deixar de relembrar o ano de 1979. Conhecida como Novembrada à manifestação popular ocorreu em Florianópolis em 30 de novembro e aconteceu bem no centro de Florianópolis, entre a Praça XV de Novembro e o Senadinho, quando o então presidente Figueiredo aqui esteve. Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina resolveram manifestar seu descontentamento com o governo; cerca de 4 mil estudantes protestaram.
Em 1983 o povo pintou a cara e levou bandeiras do Brasil para as ruas. Desta vez era o Brasil a protestar, a exigir. Os protestos foram conhecidos como Diretas Já. O Movimento das Diretas iniciou em Pernambuco no pequeno município de Abreu e Lima em 31 de março de 1983. Logo foi se espalhando para outras cidades até atingir todo o país; houve repressão e censura a imprensa. O Movimento - Diretas Já - resistiu nos anos de 83 e 84. No dia 15 de janeiro de 1985, foi eleito pelo Colégio Eleitoral, por eleição indireta, Tancredo Neves. Porém, faleceu antes de assumir. Seu vice, José Sarney assumiu em seu lugar e foi o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura. Mais de um milhão de pessoas apoiaram a causa das Diretas Já. Em 1988 uma nova constituição foi aprovada.

OS CARAS PINTADAS

Mas foi em 1992 que os manifestantes ficaram conhecidos por Caras Pintadas. O povo foi para as ruas exigir a saída do presidente Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito pelo povo. O Brasil foi o primeiro país a realizar um impeachment na América Latina. O manifesto que contou com vários estudantes e outras pessoas do povo ficou conhecido como FORA COLLOR. Cerca de 100 mil pessoas acompanharam a votação do impeachment de Collor no Congresso e que foi aprovado com 441 votos a favor e 38 contra.
Depois de tantos protestos e Caras Pintadas foi à vez do Brasil ir para as ruas reclamar por seus direitos. E foi em 17 de junho de 2013, que o movimento também designado Outono Brasileiro teve início em São Paulo e foi logo seguido por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Milhares de pessoas foram às ruas. O movimento iniciado nas redes sociais, principalmente Facebook e Twitter reuniu milhares de pessoas no Brasil e foi também apoiada por brasileiros em outros países. As manifestações que iniciaram sem muita organização e até com violência foi crescendo e tomando corpo. Outros protestos organizados pelas redes sociais ocorreram no Egito e ficou conhecido como Primavera Árabe ocorreu em 2010.

QUEBRA-QUEBRA
           
Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro foram às cidades onde mais ocorreram quebra-quebra, vandalismos e violência. Dois grupos faziam parte das manifestações: O grupo de Manifestantes que queriam realmente fazer seus protestos pacificamente e o grupo Vândalos. O número de pessoas era imenso. Rio de Janeiro chegou a registrar 100 mil pessoas. O povo pedia desde a redução da tarifa de ônibus até a retirada da votação da PEC 37. Os protestos eram diversificados. Além disso, reclamavam da Saúde, Educação e da Corrupção. Os cartazes anunciavam:
 Saímos do Facebook, Não queremos a Copa queremos Educação, Se a tarifa não baixar a cidade vai parar! Educação, Saúde, Não a Corrupção, Nenhum partido me Representa, Não a PEC 37.
Em meio à violência do segundo grupo, os vândalos; os manifestantes legítimos ofereciam flores aos policiais. Nas cidades do sudeste do Brasil os confrontos eram mais visíveis. Pedras, spray de pimenta, balas de borrachas, bombas de gás. Era o que se presenciava. São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro foram os principais alvos de violência. O patrimônio público também foi pichado e depredado. Bancos e empresas particulares sofreram saques. Os manifestantes pediam paz e diziam que queriam fazer um protesto Sem Violência; mas os vândalos quebravam, saqueavam e queimavam tudo que vissem pela frente. O povo pintou o rosto de Verde e Amarelo e foi para as ruas. Muitos usavam mascaras.
Desde o dia 17 de junho quando as manifestações iniciaram em São Paulo, nenhum dia foi tão acentuação como a quinta-feira, 20 quando praticamente todo Brasil já tinha aderido às manifestações. E nem mesmo a chuva e ou frio impediram que o povo fosse as ruas reclamar seus direitos.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Em cinco anos, mais de 135 mil idosos são vítimas de violência em Santa Catarina



Mais de 135 mil idosos, com idade entre 60 a 80 anos, foram vítimas de violência em Santa Catarina de 2008 até agora (2013). Os dados são do Núcleo de Geoprocessamento e Estatísticas, da Diretoria de Informação e Inteligência (DINI), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). O material foi solicitado a pedido do Conselho do Idoso da OAB/SC, que participou de atividades para celebrar o Dia Mundial de Combate à Violência Contra o Idoso, comemorado neste sábado, 15 de junho.
Agressões físicas, psicológicas, abandono e exploração financeira são as denúncias mais comuns nas delegacias especiais de atendimento ao idoso.  Santa Catarina conta com 28 delegacias especializadas no atendimento a pessoa idosa.
“Só no Brasil, dois milhões de idosos são vítimas de agressões todos os anos. E, infelizmente, a violência, geralmente, vem de quem deveria cuidar deles, ou seja, seus familiares. São comuns as denúncias de negligência, maus tratos, abandono e violência, vinda muitas vezes da própria casa onde ele reside. E os abusos podem ser morais, físicos, psicológicos e até sociais”, diz o presidente da Comissão do Idoso da OAB/SC, Marlos Carrasco. Denúncias de abuso ou violência contra idosos podem ser feitas pelo Disque 100.
 
Fontes: Assessoria de Comunicação da OAB/SC
Enviado Por Juliano Nunes

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Caminhão carregado com porcos tomba e alguns animais morrem

Foto: Sandro Devens - Atual FM

 

Fonte: G1-SC/ Agência RBS

 

Acidente ocorreu em Irani, no Oeste de SC, no km 77,5 da BR-153.
Motorista não teve ferimentos, mas alguns animais acabaram morrendo.

 

Suínos que estavam sendo carregados por um caminhão morreram após o veículo tombar na BR-153 em Irani, no Oeste de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista não se feriu. O acidente ocorreu na quinta-feira (6).

Por volta das 5h10, o caminhão tombou no km 77.5 da rodovia. O veículo teve apenas danos materiais, porém, alguns porcos que estavam sendo levados na carga ficaram espalhados pela pista, ocupando a faixa da rodovia em que o caminhão tombou. A PRF de Água Doce não soube precisar quantos animais morreram.

 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

As Flores do Jardim










Todos os dias era a mesma coisa. O dia amanhecia. O sol lá estava...
Todas as manhãs eram assim... No jardim flores de todos os tipos e cores: lírios, crisântemos, margaridas, dálias, rosas e jasmins.
Borboletas de todas as cores por ali circulavam... Beija-flor iam e vinham por entre as rosas, lírios e jasmins. Os canários rodopiavam e faziam sua cantoria no jardim... Os Bem-te-vis davam seus recados e até os quero-queros vinham dar o bom dia aquele lindo jardim.
E era assim todos os dias... Todos os dias a vovó Lúcia acordava cedinho. Cinco horas da manhã. Fazia o café. A neta dormia...
A neta que ela adotara, perdera os pais ao nascer... E hoje era seu aniversário, completava 20 anos. Fazia faculdade e em breve se formaria.
O jardim estava lá todos os dias e a vovó também... A vovó Lúcia não esquecia dos seus dois amores: A neta e as flores, por isso cuidava com todo amor de ambas. Depois de fazer o café para a neta ia até seu jardim. Já era 6h. Hora de regar as flores. Era sagrado, tinha até hora marcada: 6 da manhã e 6 da tarde. Vovó Lúcia dizia sempre a neta:
_ As plantinhas sentem e estão vivas! Olhe como estão felizes; cada dia mais lindas... Precisas ver o jardim!
Mas a neta não lhe dava ouvidos. E dizia: _ Vovó, já viu quanto gasta de água com essas flores todos os dias?
Nunca fiquei pensando o quanto gastei de água enquanto tomavas aqueles banhos demorados ou mesmo quando você comprou a piscina... (pensava)
Vovó Lúcia permanecia regando e sorria ao ver aquele lindo jardim.
_ Vovó, a senhora gasta muita água... A neta estudava Recursos Hídricos. Estava explicado. Quando Lúcia voltava do jardim, passava pela área onde ficavam as violetas. Parava e conversava com elas: _ Bom dia minhas lindas! Continuem assim...
As violetas estavam floridas e era difícil de comparar a beleza das flores.
Os anos passam e um dia Lúcia é tomada por um mal súbito. Sente saudades do perfume das flores, mas não pode visitá-las. Não pode nem regá-las. Doente, com idade avançada, sem forças nem para regar as flores, Lúcia expira e parte. Restou a neta e as flores, seus únicos amores ali ficaram. Lúcia foi.
Passados algumas semanas, a neta que não tinha os mesmos hábitos da avó, esquecera que aquelas flores eram seres vivos e que não poderiam sobreviver sem o líquido precioso que sua avó lhes dava todos os dias. As violetas, não tinham mais nenhuma flor. Algumas já estavam morrendo. E o jardim?
Ninguém acreditava que no meio daquele monte de galhos secos um dia existiu flores...
Cuidar da natureza, poupar água, cuidar das árvores, evitar que sejam cortadas. Poupar papel, reaproveitar, reciclar, não gastar água lavando calçadas. Tudo isto faz parte de nosso cuidado com a natureza e o meio ambiente. Mas não podemos fazer tudo isto se esquecendo das pessoas e da vida. Precisamos sim preservar a vida e acima de tudo valorizar aqueles que estão ao nosso lado e seus valores.

Ismênia Nunes

Semana do meio ambiente – 04-05-13 / 19h13
(Os três textos fazem parte de uma trilogia filosófica- Os textos são: As Flores do Jardim, O Papel do Jornalista e Saber Ouvir)

Saber Ouvir








         “Como repórter e como gente eu sempre achei que mais importante do que saber perguntar era saber ouvir a resposta...”
Eliane Brum – Repórter e escritora

E foi pensando nesta frase de Eliane Brum que reproduzi esta história um dia contada por um de meus professores de jornalismo. O professor Túlio de Sá. Ele dizia mais ou menos assim:

Uma empresa que fabricava creme dental notou uma falha técnica em seu sistema operacional. Algumas embalagens do produto estavam passando vazias na esteira. As reclamações dos clientes estavam chegando. A empresa estava perdendo a clientela. O negócio, e os lucros estavam caindo. Na verdade a empresa não sabia qual era o verdadeiro problema.
Diante do problema, a diretoria se reuniu, a reunião foi demorada. Concluíram que precisavam fabricar uma máquina. Ela pesaria as caixas dos produtos e faria o descarte daquelas que não estavam com o creme dental. O investimento seria alto. Mas não poderiam continuar perdendo a clientela. Nem o respeito e o mercado até então conquistados. A máquina foi idealizada segundo os melhores conceitos de tecnologia e inovação. O custo estava perto de R$ 5 milhões. O investimento foi aprovado e a empresa adquiriu a máquina que a salvaria do descredito.
Passado um mês, a equipe de técnicos foi chamada. A máquina não funcionava. Na verdade nem ligava. Todo investimento sem efeito. Nova reunião com a diretoria. Após várias tentativas o problema persistia. Seis meses se passaram e nada. A equipe retornou. Nova vistoria. Impressionaram-se ao ver a esteira em funcionamento. Sem entender como os funcionários tinham consertado a máquina fizeram o questionamento mesmo sendo técnicos.
 _ Como fizeram funcionar a máquina, se nem mesmo os engenheiros mais experientes tinham resolvido o problema?
_ Não consertamos, disse o funcionário da área operacional. Na verdade a máquina nem foi usada, está lá num canto. Nunca ligou.
_ Mas então como o trabalho está sendo executado?
_ Simples. Fizemos uma “vaquinha” _ Vaquinha?
_ Sim fizemos uma vaquinha e compramos um ventilador. _ Ventilador?
_ Sim. Cada vez que a caixa de creme dental vazia passa o ventilador a direcionava para fora da esteira. Este o motivo de não mais haver caixas vazias e ter findado as reclamações dos clientes.

Saber ouvir é mais importante do que tomar uma decisão sem consultar aqueles que estão diretamente envolvidos no trabalho, seja ele quem for. Antes de a diretoria tomar uma decisão, que tal consultar a área técnica, operacional, ou mesmo um estagiário?  


Ismênia Nunes

Clik abaixo e veja o que diz a psicóloga Odegina Graça sobre a importancia de saber ouvir

 http://www.caentrenos.org/a-importancia-de-saber-ouvir/

O Papel de Jornalista









Cada profissional tem o seu instrumento de trabalho. Algo que se lhe fosse tirado não seria possível executar com a mesma precisão seu trabalho.
Os que trabalham na agricultura, a enxada. Uma tesoura não lhe serviria.
Ao músico, o instrumento musical. E se este músico toca somente violão, de nada lhe adiantaria lhe presentear com um violino. Levando em conta que não tocaria de pronto. Precisaria de um período de adaptação, de um aprendizado.
Ao jornalista, seu principal instrumento é a caneta e o papel. E mesmo que já estejamos no século XXI, muitos ainda necessitam do mesmo papel. Necessitam de pegar e sentir e de ver seu trabalho. Sem caneta e papel ou sem o papel, muitos jornalistas sentem-se como se o trabalho não tivesse sido executado. O papel ainda faz parte de nossos dias e os profissionais da área de comunicação ainda sentem essa necessidade de escrever e de utilizar o papel e a caneta. A necessidade de sentir a textura do papel. A necessidade de tocar e de visualizar o texto, o trabalho, impresso em papel...
Embora alguns digam o contrário, o papel ainda fará parte da vida de muitos profissionais e principalmente fará parte da vida e do dia a dia do jornalista. O jornal impresso ainda será o companheiro de muitas manhãs e até de muitos cafés da manhã de muitos...

Ismênia Nunes
04-05-13